terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

JUVENTUDE

Quando mais novos pensávamos:
Como eu queria ser grande
Poder fazer as coisas que eu quiser
Sair com as pessoas quiser
Ou ficar em casa se for o caso
Não fazer nada por acaso
Mas por escolha, por vontade
Pensamos em ser dono do nosso nariz
Chegar em casa mais tarde
Afinal, sou grande! Vou pagar minhas contas
E se eu faltar o serviço o problema será meu
Só meu

Idealizamos um universo egoísta
Movido somente pela vontade própria
Qual filho do meio não desejou ser filho único?
Esperamos muito de nós mesmos
Confiamos no nosso taco
Esquecemos de dar "bom dia" aos nossos irmãos
De dizer "Mãe como eu me orgulho de você"
"Como eu te amo, pai"
De visitar um tio, de presentear um primo
De beijar nossos sobrinhos
De conviver com a nossa família

Queriamos ser livres
Queriamos o mundo
Mas na verdade o mundo
É tudo aquilo que nos fez chegar até aqui
É um conselho do seu avô
É uma bronca do seu pai
É um abraço da sua mãe
É uma briguinha com o irmão
É reconhecer que seu sobrinho
é o mais lindo do mundo
e o mais mimado também
É driblar os mais dificeis temperamentos
Quem é fácil, afinal?

O mundo, na verdade, eu carrego aqui dentro
desde o dia em que nasci.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Saudade Prévia

Sensação irreparável é a de perda. Não há nada que possa substituir, amenizar ou fazer parar essa dor. Pior de tudo é a sensação de perda daquilo que ainda nem se perdeu. Mas com o passar dos dias sei que essa triste realidade se aproxima.
Talvez nunca tenho tido uma sensação parecida nesses meus 23 anos de vida. Não me lembro desse sentimento nostálgico e doloroso me invadir de tal maneira não me permitindo pensar em outra coisa. Me lembro da infância, de andar descalço, de catar pedrinhas, de brincar no balanço com meus primos, de chupar manga com os meus irmãos, de passar o domingo tomando caldo de cana. Ah! Como foi boa minha infância! E como foi bom você ter feito parte dela. Da minha vida. Da minha familia. Desculpa, talvez para alguns um texto como esse possa parecer um horror, totalmente vazio de esperança. Mas garanto que é cheio de sentimentos bons. De perdão. De amor.
Pensar no tempo que perdi por deixar muitas vezes o orgulho falar mais alto é como se mil facas me cortasse ao mesmo tempo. Tempo...como ele é precioso! Não dá pra ficar perdendo por aí. Mas admito que perdi.De qualquer forma, fico feliz por ter tido tempo de reconhecer a sua importância na minha vida e de ter visto estampado em seu rosto o orgulho que sente ao me ver crescer, estudar, trabalhar. Vi como fica alegre a cada vez vou visita-lo, a cada vez que bato um papo, mesmo que bem rapidinho com você. Te agradeço por ter sido responsável pelo nascimento do meu maior herói. E todos os dias peço a Deus para que possa me dar o prazer em revê-lo, não abro mão de visitá-lo, de ouvir a mesma piada. Acho graça. De verdade. É uma lição que aprendi contigo, levar a vida, mesmo que não esteja tão boa assim, sempre com uma piadinha a tira colo. E mesmo que um dia a gente se separe, não há como apagar toda a nossa história, a histótia da nossa vida, da minha vida. As lágrimas que caem no momento que digito esse texto são o selo de que o sentimento não há de parar jamais.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

!

Obrigada por me esperar
Obrigada por sentir saudades
Obrigada pela conversa
Obrigada pela piada
Obrigada pelo convite
Obrigada pelo almoço
Obrigada pelo seu sorriso
E por ser o meu também
Obrigada por me permitir sonhar
E não achar que o que falo é bobagem
Obrigada pela carona
Obrigada pelo abraço
Mesmo sendo de despedida
Obrigada por esperar meu retorno
para que possam surgir novamente
todas as razões para eu te agradecer
Obrigada...
pelo carinho, pelo aconchego,
pelo o olhar, por tudo...
Obrigada!

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Roupas no Chão e Blá, blá, blá

Um dia o amor se fez perfeito
E de tão perfeito se fez frágil
Frágil, não resistiu e se quebrou...
Agora a paixão se fez safada
E de safada ficou tão forte
Que a sua força grande alcançou...
O amor chora: - Rasgue as minhas cartas
A paixão implora: - Rasgue as minhas roupas
E os dias ternos na paixão
São como um pequeno amorzinho
Num cantinho escondidinho do coração.


*Hugo Dalmon*