terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Três pontinhos (...)

Não sabia onde residia sua liberdade, se na mente ou no corpo.
Ás vezes parecia menina, noutras mulher. Com esmalte vermelho e pirulito na boca, sabia muito bem usar de persuasão e doçura. Se equilibra em salto-alto e vira o pé com tênis. Escova os cabelos para tomar banho de chuva. Espera 10, 20 minutos o ônibus e decide ir a pé.
Ora indecisa.
Ora decidida.
Não é 8 e nem 80. Mas tudo que há entre eles. Não usa relógio para não ser escrava do tempo. Gosta de escutar o silêncio e música no último volume. E quando pega o violão, faz dele pandeiro.
Aproveita os momentos e mesmo com a alma na lama esboça um sorrisinho besta no canto da boca.
Mas quando a saudade grita em seu peito...
Entorta os seus versos
Perdem-se as linhas
Resfria sua alma
Uma estátua viva se faz
Parece até que é tímida, mas são as reticências que a deixam cheia de espaços vazios no peito.
Busca se aquecer, manda a saudade dar uma trégua.
Abre a janela para observar a lua
Olha para o sol ao seu lado
Aquecendo a casa, o quarto, a cama e a alma.

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