segunda-feira, 5 de dezembro de 2011


"ainda não há palavras e eu te decoro
ainda não há escrita e eu te descrevo
ainda não há vaidade e eu me encanto
ainda não há religião e eu boto fé
ainda não há promessas e eu assino em baixo
ainda não há doença e eu não encontro resistência
ainda não há cansaço e eu não aguento
ainda não há tempestade e eu já to afogado
em você".

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Sentir Você

Difícil falar do que é intenso. É como se fosse golpeada no estômago e faltasse o ar, as palavras. É como se corresse uma maratona e quando parasse fosse incapaz de dar dois passos lentos a frente. É como se carregasse sacolas pesadas na saída de um supermercado e quando chegasse em casa não conseguisse segurar um copo d'água.
O que sinto por dentro é mais ou menos assim: algo que me paralisa de tão intenso, grandioso, forte, me fragiliza. É tão precioso que dá medo de ter alguma ação desastrada e deixar quebrar. Medo de ruir o castelo mais lindo que se edificou a minha frente. Medo de não ter as palavras certas. Medo de não ter as medidas certas. Sabe o que é sentir o chão sumir ou que esta a todo instante a beira de um ataque cardíaco? Pois é exatamente desse jeito que me sinto, como se flutuasse toda vez que meu pensamento tenta te buscar ou quando sempre falta 5 minutinhos pra te encontrar. É sempre carnaval no meu coração quando está perto de mim, ritmo acelerado e saltitando de alegria. É incrível como um sentimento lindo tem o poder de nos deixar bregas. Tudo muda, as músicas são mais bregas, o vocabulário fica mais brega e por consequencia os poemas. Abro mão da intensidade tola de uma tristeza, que sempre se manifesta por meio de um vocabulário erudito. Incrivel como quebramos a cabeça pra falar "bonito" do que nos faz triste. Mas o que nos faz bem e felizes é simples, alegre, contagiante, é bonito até mesmo sem precisar falar. Felicidade não escrevemos pra mostrar nossa capacidade lexical, mas que para por pra fora toda euforia por estar feliz e atingir quem está ao redor. Amor é complexo por não saber como se pode descrever toda a beleza que nele existe. Porém é simples porque você não abre mão de sentir e viver. Não preciso das palavras pra externar o meu amor. Só preciso de você.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

"Bicharada" Animada!



Para quem pensou que me acharia toda pintada ai, pode parar de procurar. Descobri que além do dinheiro comprar quase tudo, ele te isenta do trote :)


"ESTRANHAR O QUE É NOSSO E APROXIMAR O QUE É DOS OUTROS..."


Bjs!

terça-feira, 19 de abril de 2011

Equilíbrio

Que haja paz em mim quando o mundo contra mim declarar guerra. E que haja amor o suficiente pra eu perdoar qualquer ódio estabelecido. Que ninguém me queira o bem por piedade.
Que haja guerra em mim quando o mundo contra mim declarar paz. E que haja ódio o suficiente pra eu manter por fúria o amor estabelecido. Que ninguém me queira o bem pelo mal, e nem me queira por piedade ou inveja.
Que haja mundo em mim quando a paz contra mim declarar guerra. E que haja qualquer amor pra eu perdoar o suficiente todo o ódio estabelecido. que ninguém me queira o bem por invjea, e nem piedade por mal
.

*Autor: Hugo Dalmon (aquele que me lê sem precisar me olhar)*

quarta-feira, 6 de abril de 2011

SENTIDOS

Da sua voz faço um hino
pro meu dia-a-dia
Da sua boca, o calice
pra matar minha sede
Do teu toque
a harmonia perfeita
em meu corpo
Dos seus olhos
a janela para o infinito
Inspiro-te para que eu possa
Eternizá-la

Dos acordes, tiro aqueles
transformando nossa música
em tema
Do seu sorriso
a razão necessária para
me fazer presente
Das suas lágrimas
um argumento para
não ir embora
Dos seus gestos
a perfeita coreografia

Sentidos que se misturam
e atuam por si só
não precisam ser orientados
mas se orientam pelo o que sentem
pelo o que falam, calam, inspiram,
olham...

Sinestesia, que vez ou outra
chamamos de Amor.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Quase Sem Querer

Tenho andado distraído,
Impaciente e indeciso
E ainda estou confuso,
Só que agora é diferente:
Estou tão tranqüilo e tão contente.

Quantas chances desperdicei,
Quando o que eu mais queria
Era provar pra todo o mundo
Que eu não precisava
Provar nada pra ninguém?!...

Me fiz em mil pedaços
Pra você juntar
E queria sempre achar
Explicação pro que eu sentia.
Como um anjo caído
Fiz questão de esquecer
Que mentir pra si mesmo
É sempre a pior mentira,
Mas não sou mais
Tão criança a ponto de saber tudo.

Já não me preocupo se eu não sei por que.
Às vezes, o que eu vejo, quase ninguém vê
E eu sei que você sabe, quase sem querer
Que eu vejo o mesmo que você.

Tão correto e tão bonito;
O infinito é realmente
Um dos deuses mais lindos!
Sei que, às vezes, uso
Palavras repetidas,
Mas quais são as palavras
Que nunca são ditas?

Me disseram que você
Estava chorando
E foi então que eu percebi
Como lhe quero tanto.

Já não me preocupo se eu não sei por que.
Às vezes, o que eu vejo, quase ninguém vê
E eu sei que você sabe, quase sem querer
Que eu quero o mesmo que você.

(Legião Urbana)

segunda-feira, 28 de março de 2011

Ciclos Infindos

Triste é o fim de um ciclo
que não se encerrou
Ver o tempo correr
além do que suas pernas aguentam
Não sustentar o peso de uma partida
Não saturar aquilo que a vida
te da a conta-gotas

Menino! Por que vai embora?
Ainda cedo, não vá agora
Você mal chegou e já está de partida
O seu navio não ancorou

Traz-me de novo o brilho de seu olhar
E o sol reluzindo em seus cabelos loiros
Não sei dar adeus ao que está presente
Por que recolheste o sorriso?
Por que recolheste os braços?

Menino! Por que nessa hora?
Ainda é cedo, não vá agora
Você mal cresceu e já quer ir embora
O seu navio não ancorou

Se lançou no mar e não quer mais voltar
Se atirou no ar e não quer mais pousar
O final de um ciclo que não se fechou
É a peça da vida
que assim se encerrou.

sexta-feira, 4 de março de 2011

(........)

(...Sou virada da ampulheta
Artista recatada
Poetisa das horas vagas
Malabarista do cotidiano
A expressão dos sentimentos
O grito do silêncio
A seriedade repentina
O sorriso espontâneo
O hoje, o amanhã
O oposto de ontem
Sou a virada da ampulheta ...)

quarta-feira, 2 de março de 2011

28/02/2011

28/02/2011 - A Saudade que era prévia fincou a bandeira. Marcou hora, data e lugar.
DESCANSE EM PAZ!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

JUVENTUDE

Quando mais novos pensávamos:
Como eu queria ser grande
Poder fazer as coisas que eu quiser
Sair com as pessoas quiser
Ou ficar em casa se for o caso
Não fazer nada por acaso
Mas por escolha, por vontade
Pensamos em ser dono do nosso nariz
Chegar em casa mais tarde
Afinal, sou grande! Vou pagar minhas contas
E se eu faltar o serviço o problema será meu
Só meu

Idealizamos um universo egoísta
Movido somente pela vontade própria
Qual filho do meio não desejou ser filho único?
Esperamos muito de nós mesmos
Confiamos no nosso taco
Esquecemos de dar "bom dia" aos nossos irmãos
De dizer "Mãe como eu me orgulho de você"
"Como eu te amo, pai"
De visitar um tio, de presentear um primo
De beijar nossos sobrinhos
De conviver com a nossa família

Queriamos ser livres
Queriamos o mundo
Mas na verdade o mundo
É tudo aquilo que nos fez chegar até aqui
É um conselho do seu avô
É uma bronca do seu pai
É um abraço da sua mãe
É uma briguinha com o irmão
É reconhecer que seu sobrinho
é o mais lindo do mundo
e o mais mimado também
É driblar os mais dificeis temperamentos
Quem é fácil, afinal?

O mundo, na verdade, eu carrego aqui dentro
desde o dia em que nasci.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Saudade Prévia

Sensação irreparável é a de perda. Não há nada que possa substituir, amenizar ou fazer parar essa dor. Pior de tudo é a sensação de perda daquilo que ainda nem se perdeu. Mas com o passar dos dias sei que essa triste realidade se aproxima.
Talvez nunca tenho tido uma sensação parecida nesses meus 23 anos de vida. Não me lembro desse sentimento nostálgico e doloroso me invadir de tal maneira não me permitindo pensar em outra coisa. Me lembro da infância, de andar descalço, de catar pedrinhas, de brincar no balanço com meus primos, de chupar manga com os meus irmãos, de passar o domingo tomando caldo de cana. Ah! Como foi boa minha infância! E como foi bom você ter feito parte dela. Da minha vida. Da minha familia. Desculpa, talvez para alguns um texto como esse possa parecer um horror, totalmente vazio de esperança. Mas garanto que é cheio de sentimentos bons. De perdão. De amor.
Pensar no tempo que perdi por deixar muitas vezes o orgulho falar mais alto é como se mil facas me cortasse ao mesmo tempo. Tempo...como ele é precioso! Não dá pra ficar perdendo por aí. Mas admito que perdi.De qualquer forma, fico feliz por ter tido tempo de reconhecer a sua importância na minha vida e de ter visto estampado em seu rosto o orgulho que sente ao me ver crescer, estudar, trabalhar. Vi como fica alegre a cada vez vou visita-lo, a cada vez que bato um papo, mesmo que bem rapidinho com você. Te agradeço por ter sido responsável pelo nascimento do meu maior herói. E todos os dias peço a Deus para que possa me dar o prazer em revê-lo, não abro mão de visitá-lo, de ouvir a mesma piada. Acho graça. De verdade. É uma lição que aprendi contigo, levar a vida, mesmo que não esteja tão boa assim, sempre com uma piadinha a tira colo. E mesmo que um dia a gente se separe, não há como apagar toda a nossa história, a histótia da nossa vida, da minha vida. As lágrimas que caem no momento que digito esse texto são o selo de que o sentimento não há de parar jamais.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

!

Obrigada por me esperar
Obrigada por sentir saudades
Obrigada pela conversa
Obrigada pela piada
Obrigada pelo convite
Obrigada pelo almoço
Obrigada pelo seu sorriso
E por ser o meu também
Obrigada por me permitir sonhar
E não achar que o que falo é bobagem
Obrigada pela carona
Obrigada pelo abraço
Mesmo sendo de despedida
Obrigada por esperar meu retorno
para que possam surgir novamente
todas as razões para eu te agradecer
Obrigada...
pelo carinho, pelo aconchego,
pelo o olhar, por tudo...
Obrigada!

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Roupas no Chão e Blá, blá, blá

Um dia o amor se fez perfeito
E de tão perfeito se fez frágil
Frágil, não resistiu e se quebrou...
Agora a paixão se fez safada
E de safada ficou tão forte
Que a sua força grande alcançou...
O amor chora: - Rasgue as minhas cartas
A paixão implora: - Rasgue as minhas roupas
E os dias ternos na paixão
São como um pequeno amorzinho
Num cantinho escondidinho do coração.


*Hugo Dalmon*

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Três pontinhos (...)

Não sabia onde residia sua liberdade, se na mente ou no corpo.
Ás vezes parecia menina, noutras mulher. Com esmalte vermelho e pirulito na boca, sabia muito bem usar de persuasão e doçura. Se equilibra em salto-alto e vira o pé com tênis. Escova os cabelos para tomar banho de chuva. Espera 10, 20 minutos o ônibus e decide ir a pé.
Ora indecisa.
Ora decidida.
Não é 8 e nem 80. Mas tudo que há entre eles. Não usa relógio para não ser escrava do tempo. Gosta de escutar o silêncio e música no último volume. E quando pega o violão, faz dele pandeiro.
Aproveita os momentos e mesmo com a alma na lama esboça um sorrisinho besta no canto da boca.
Mas quando a saudade grita em seu peito...
Entorta os seus versos
Perdem-se as linhas
Resfria sua alma
Uma estátua viva se faz
Parece até que é tímida, mas são as reticências que a deixam cheia de espaços vazios no peito.
Busca se aquecer, manda a saudade dar uma trégua.
Abre a janela para observar a lua
Olha para o sol ao seu lado
Aquecendo a casa, o quarto, a cama e a alma.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

In and Out

Por que escrever?
Me fizeram essa pergunta, mas eu nunca havia pensado a respeito. Talvez porque quando eu estou escrevendo entro numa espécie de "transe",concentrada apenas no ato em questão. Não reparo ao redor, meus ouvidos se fecham, fico gélida ante ao mundo exterior, aquecendo apenas o infinito que trago no peito. Passo a me olhar por dentro, despir minhas entranhas, mergulho na minha própria alma, numa tentativa desesperada de descobrir quem sou. Faço desse momento um misto de autoconhecimeno e narcisismo literário. Sinto necessidade de tornar matéria o que pulsa nas veias e o que me inquieta a alma. Uma "válvula de escape" que eu utilizo para não explodir ou implodir.

E a inspiração vem de onde?
Bem quanto a isso, vem do mundo que eu crio, vivo e observo. Das pessoas que passam por minha vida, seja superficialmente ou profundamente, da criança que nasce sem pedir, do homem que morre sem querer, da lealdade dos amigos, da platonicidade do amor e da materialidade da paixão. Dos sonhos concretizados, roubados e sepultados. De um livro de cabiceira que há dias se encontra na mesma página, tornando-a amarelada, da música com letras desconexas, do tão famoso "autor desconhecido" que vira e mexe diz coisas mega interessantes. Da comicidade ingênua de uma criança ao escrachado duplo-sentido adulto.
Vem da mistura do que sou por dentro e do que sou por fora.
Sou paráfrase de mim mesma.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

PAINEL DE SONHOS

Em meus pensamentos ouço o telefone tocar
A todo momento anseio em ouvir a tua voz
Almejo um abraço, um carinho, um beijo
Fazendo solver de uma só vez todos os meus problemas
E eternizando os meus momentos de paz
Me desarma com o teu sorriso
Me hipnotiza com o teu olhar
Me embriaga com o teu beijo
Reverencio cada curva do teu corpo
Constituído feito um molde para o meu
Sem medo fecho os olhos e abro os braços
Me atirando feito um barco sem velas
Que perdido desliza pelo mar
Preparo uma avenida para desfilar o teu encanto
Enfeito de risos, de beijos e de sonhos
A felicidade não bateu a minha porta
Entrou com tudo, sem pedir licença
Agora...
aconchega-se em meu peito
e faça dele o seu lar.